Recentemente, pesquisadores identificaram os primeiros casos de leishmaniose visceral canina na região noroeste do Rio Grande do Sul, uma área sem histórico prévio da doença.
A leishmaniose é uma zoonose endêmica em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, onde tem se expandido para novas regiões nos últimos anos.
Como foi feita a pesquisa?
A investigação envolveu 100 cães de rua provenientes dos municípios de diferentes municípios do Rio Grande do Sul
Os animais foram submetidos a testes imunocromatográficos e punções aspirativas de linfonodos. Os resultados positivos foram confirmados por meio de testes ELISA e imunofluorescência indireta, além de imunohistoquímica após biópsia cutânea.
Implicações e Recomendações
Embora apenas 2% da população canina estudada tenha apresentado resultado positivo, esse achado levanta preocupações sobre a classificação da região como área negligenciada da doença, dada a ausência de notificações oficiais ou registros de casos de leishmaniose na região até o momento.
Além disso, enfatiza a necessidade de investigar a possível presença de flebotomíneos na área para determinar se a contaminação pode ter se originado de outras partes do país.
Também é possível que os cães tenham sido contaminados em outras áreas do país, permanecendo como reservatórios até o momento do diagnóstico.
Da mesma forma, a situação relatada enfatiza a importância de estratégias de vigilância e controle para prevenir a disseminação da doença.
Para mais detalhes, consulte o artigo completo publicado no Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia.