Por Digivets

Fevereiro 3, 2025

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Veterinária do CEUB alerta: calor e exposição a ambientes diferentes aumentam risco de viroses caninas

O verão, com suas altas temperaturas e o aumento do fluxo de pessoas em praias e locais públicos, favorece o surgimento de viroses que afetam tanto humanos quanto animais de estimação.

No final do ano de 2024 e início de 2025 houve um surto de norovírus nos litorais do Sul e Sudeste brasileiro que causou sintomas como diarreia, vômitos, náuseas e febre em humanos, diante dessa questão surge a questão: esse vírus também pode infectar cães?

Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), esclareceu para nós da Digivets que, embora o norovírus não afete os pets, outras doenças virais podem causar sintomas semelhantes, colocando em risco a saúde dos cães.

Dicas para proteger seu cão contra viroses caninas durante o verão

De acordo com a veterinária os pets podem desenvolver viroses caninas em qualquer estação, especialmente se não estiverem vacinados e forem expostos a ambientes com circulação de vírus. Antes de viajar, é fundamental garantir que o protocolo vacinal esteja em dia.

“Filhotes precisam seguir uma sequência de vacinas conforme a idade para alcançar a imunização ideal. Se o protocolo vacinal não estiver concluído, é importante evitar passeios e contato com outros animais, pois o filhote estará vulnerável”, orienta a especialista.

Fabiana Volkweis também adverte sobre os riscos de mudanças bruscas na dieta dos cães durante viagens. Carnes gordurosas de churrasco, alimentos temperados e chocolates devem ser evitados, pois podem causar graves problemas gastrointestinais.

Antes de viajar para o litoral, recomenda-se uma consulta veterinária para avaliar o risco de doenças específicas, como a dirofilariose, prevalente em regiões como Rio de Janeiro, São Luís e partes de Santa Catarina.

A qualidade da água e da comida exige atenção redobrada durante o verão. A má refrigeração dos alimentos pode favorecer a proliferação de bactérias, levando à intoxicação alimentar.

A veterinária recomenda trocar a água do cão várias vezes ao dia e evitar que ele beba água do mar, que pode causar desidratação devido ao excesso de sal.

“Dê preferência a rações e alimentos que não estraguem facilmente, mantendo-os protegidos do sol em locais frescos. Para aliviar o calor, ofereça água fresca em abundância, além de alternativas seguras, como água de coco ou picolés específicos para cães”, sugere Fabiana.

Meu cão ficou doente e agora?

Se o pet apresentar diarreia, o primeiro passo é observar o quadro. A professora do CEUB orienta que, se for um episódio isolado, o ideal é manter o animal hidratado e evitar alterações na dieta.

“No entanto, se a diarreia persistir, é importante levar o cão ao veterinário, pois esse sintoma pode ter várias causas, desde intoxicação alimentar até doenças mais graves”, explica a especialista.

Além das viroses, a médica veterinária alerta que o aumento de mosquitos, como pernilongos e borrachudos, representa um risco para os pets.

“Assim como os humanos, os animais podem contrair doenças transmitidas por mosquitos, como leishmaniose e dirofilariose”, esclarece.

Para proteção, coleiras específicas podem ajudar a repelir insetos, assim como medicamentos tópicos e repelentes adequados para animais.

“Existem também repelentes naturais, mas a eficácia contra certos vetores deve ser verificada com um veterinário”, finaliza Fabiana Volkweis.

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