Seu gato está estressado? O remédio é música clássica
Continua após publicidade Os animais foram expostos a diferentes tipos de música durante a...
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Quando seu gato estiver muito agitado, uma dose de música clássica, especialmente do período barroco ou composições líricas, vai ajudá-lo a se acalmar. De acordo com uma pesquisa publicada na última segunda-feira no periódico Journal of Feline Medicine and Surgery, esse gênero musical pode ajudar a tranquilizar os felinos durantes consultas veterinárias e até cirurgias.
O estudo, conduzido por um grupo de veterinários da Universidade de Lisboa, decidiu testar o efeito da música instrumental no estado fisiológico dos bichos. Miguel Carreira, veterinário e autor principal, conta que percebeu durante as consultas que esse tipo de música provocava um efeito de mais confiança e tolerância nos felinos, especialmente as composições de um dos mestres do barroco europeu, o germânico naturalizado britânico George Handel (1685-1759). “Depois de ler sobre a influência da música nos parâmetros fisiológicos em humanos, eu decidi fazer um estudo para testar essa hipótese com animais submetidos a cirurgias”, conta o pesquisador.
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Música na cirurgia – Participaram do estudo doze gatas que passaram pelo processo de castração (remoção do útero e dos ovários). A respiração e o diâmetro das pupilas dos animais foram registrados durante o procedimento. Com fones de ouvido, os animais foram expostos durante a cirurgia a dois minutos de silêncio (como forma de controle), dois minutos de música clássica – Adagio for Strings, do compositor americano Samuel Barber (1910-1981) – seguida por parte de Thorn, da australiana Natalie Imbruglia e Thunderstruck, da banda de rock AC/DC.
Os resultados mostraram que os gatos estavam mais relaxados quando ouviram música clássica. O pop resultou em valores intermediários nas medições e o heavy metal provocou a situação mais estressante. Os pesquisadores acreditam que o uso de músicas do gênero adequado na sala de cirurgia pode levar a uma redução nas doses de anestesia, reduzindo os riscos aos animais.
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No futuro, os autores pretendem estudar o efeito da música em outros parâmetros fisiológicos dos animais, como cortisol, e estender a pesquisa a cães.
(Da redação)
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