No dia 1° de junho é comemorado o Dia Internacional do Leite. Essa data foi criada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 2001, para que a importância do leite fosse...
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No dia 1° de junho é comemorado o Dia Internacional do Leite. Essa data foi criada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 2001, para que a importância do leite fosse reconhecida em todo o mundo como um alimento de alto valor biológico, sendo considerado o mais completo para o homem, principalmente nos primeiros estágios de vida.
Consumir leite não faz bem apenas para sua saúde, faz bem também para o bolso. É o que revela uma pesquisa da Embrapa, que investigou alimentos e bebidas consumidos pelos brasileiros e calculou quanto custa atender 30% das necessidades diárias de oito nutrientes: proteína, cálcio, ferro, fibras e vitaminas A, C, D e E. O estudo aponta o leite como uma das fontes mais baratas de nutrientes que existem.
E o que o médico-veterinário e zootecnista têm a ver com isso? Tudo. O médico-veterinário contribui para a garantia da qualidade e da inocuidade dos produtos, assegurando que foram cumpridas todas as normas regulamentares para produção e comercialização até chegar à mesa do consumidor.
As vacas leiteiras e os bezerros requerem atenção especial com a alimentação e o controle de doenças que podem influenciar diretamente na qualidade e produção do leite. E é o médico-veterinário quem orienta o produtor rural desde a ordenha, passando pela conservação e chegando ao transporte, ajudando a garantir um produto de qualidade e livre de possíveis enfermidades.
De acordo com a Lei nº 5.517/1968 e a Resolução CFMV nº 1.475/2022, a inspeção e fiscalização de produtos de origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização são práticas privativas do médico-veterinário. Além disso, é necessária a presença desse profissional como responsável técnico (RT) e a inscrição do estabelecimento no CRMV de estado. Isso significa que os alimentos de origem animal e seus derivados encontrados nas gôndolas dos supermercados passaram por algum tipo de inspeção do serviço oficial, imediatamente identificados pelos selos, que podem ser federal (SIF), estadual (SIE) ou municipal (SIM).
Na cadeia leiteira, o zootecnista atua no manejo nutricional de rebanhos leiteiros, garantindo uma alimentação balanceada para um leite de qualidade e rico em nutrientes. Ele também trabalha com bem-estar animal para a melhoria da qualidade das áreas de sombra e ventilação onde as vacas ficam confinadas. Por meio do conhecimento e da atuação do zootecnista, é possível reduzir o estresse e aumentar a produtividade leiteira do animal, com a diminuição do seu gasto energético. As competências do zootecnista estão estabelecidas no artigo 3º da Lei n. 5.550/1968, bem como na Resolução CFMV nº 1.453/2022.
Produção e consumo no Brasil
Dados publicados no site do Ministério da Agricultura e Pecuária , mostram o Brasil como o terceiro maior produtor mundial de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano. O item é produzido em 98% dos municípios brasileiros, predominantemente, em pequenas e médias propriedades, empregando perto de 4 milhões de pessoas.
Dados de “Our World in Data” indicam que o consumo de leite no Brasil, no ano de 2019, foi de 138,99 kg per capita.
A cadeia produtiva do setor é bem estruturada, com a participação ativa de médicos-veterinários, zootecnistas e outros profissionais especializados. Juntos, eles desempenham um papel fundamental na garantia da sanidade do rebanho leiteiro, no controle de qualidade e na implementação de boas práticas de produção, contribuindo para a excelência dos produtos lácteos brasileiros.
Contribuição;
Comissão Nacional de Tecnologia e Higiene Alimentar (CONTHA)
Assessoria de Comunicação do CFMV