Desde o dia 15 de maio, foram identificadas aves infectadas pela Influenza (gripe) aviária no Espírito Santo, sendo os primeiros casos detectados no Brasil. A doença já havia atingido outros países da Europa,...
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Desde o dia 15 de maio, foram identificadas aves infectadas pela Influenza (gripe) aviária no Espírito Santo, sendo os primeiros casos detectados no Brasil. A doença já havia atingido outros países da Europa, da Ásia e nas Américas e neste mês chegou em algumas cidades do estado.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, atualizados em 29 de maio, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil, sendo nove no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma, três casos no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, com o crescimento dos casos, os médicos-veterinários colaboram na linha de frente para pontuar quais são os cuidados sanitários que devem ser adotados, quais sintomas as aves contaminadas apresentam e quais atitudes devem ser tomadas caso seja encontrada uma ave suspeita.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo (CRMV-ES) conversou com o médico-veterinário Eduardo Silva, especializado em clínica e cirurgia de animais silvestres e exóticos e presidente da Comissão Estadual de Animais Selvagens.
Segundo o Med. Vet. Eduardo, os principais sintomas são sinais neurológicos e sinais respiratórios, ou seja, se o animal que estiver com coriza, muito espirro, desorientado, apático, são sinais que demonstram uma possibilidade de Influenza Aviária.
“A grande questão envolvida no aumento de aves silvestres contaminadas é caso elas entrem em contato com outras não silvestres. Por exemplo, se uma ave contaminada for a lugares de produção e infectar outras aves. A partir disso a mortalidade será maior, e será necessário fazer mais eutanásias, ocasionando uma perda econômica muito grande.”, comentou.
Sobre a infecção em humanos, o médico-veterinário comentou que a única possibilidade de transmissão é no contato direto com a ave doente:
“A única forma de transmissão é o contato com a ave doente. Ainda não se sabe muito bem os sinais e sintomas que aparecer nos humanos, os que desenvolveram a doença tiveram sintomas de gripe comuns e baixa imunidade. Ainda é tudo muito recente para saber de forma precisa.”, afirmou
A recomendação é que, caso veja uma ave suspeita, não encostar de forma desprotegida no animal . O protocolo é contatar o mais rápido possível o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). No site do órgão há um espaço exclusivo para esses casos. Acesse aqui.
Além de avisar o órgão ambiental para recolher o animal, é recomendado sempre levar as aves que são criadas como pet, para exposição ou esporte, em um médico-veterinário para fazer o acompanhamento de rotina.