Estudo inédito comprova que bem-estar animal aumenta em 8% a taxa de prenhez
Dados que reforçam a importância do manejo de baixo estresse e resultam em um aumento de 7,8% na taxa de prenhez
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Confira os detalhes na entrevista com os especialistas , o engenheiro agrônomo Antony Luenenberg e o médico veterinário Henderson Ayres da MSD Saúde Animal
Dados que reforçam a importância do manejo de baixo estresse e resultam em um aumento de 7,8% na taxa de prenhez. Esse tipo de abordagem com o gado vem bem a calhar nessa nova temporada de monta está começando no Brasil, e a busca por aprimorar a eficiência reprodutiva no gado de corte está no foco. Assista ao vídeo abaixo e confira.
O Giro do Boi continuou hoje a série especial “De Olho na Reprodução” para discutir um fator primordial que impacta diretamente na taxa de prenhez: o bem-estar animal.
O que muitos pecuaristas ainda consideram um tema secundário está provando ser uma peça fundamental no manejo racional do gado e na melhoria dos índices de produção.
Para abordar essa questão, recebemos dois renomados especialistas em pecuária de corte e leite: Anthony Luenenberg, coordenador técnico de bem-estar animal da MSD Saúde Animal, e Henderson Ayres, gerente de produtos ruminantes da mesma empresa. Ambos trazem à tona a importância do manejo e do bem-estar animal na pecuária moderna.
Maior compreensão sobre o bem-estar animal
O bem-estar animal não se limita à preocupação com os animais, mas também está intrinsecamente ligado ao sucesso da produção.
Animais saudáveis e bem tratados são mais produtivos. Luenenberg destacou que o manejo adequado melhora a qualidade de vida dos funcionários e, consequentemente, a produtividade. Um funcionário que trabalha com animais saudáveis e bem cuidados tende a ser mais feliz e eficiente.
Os especialistas enfatizam que o bem-estar animal não se resume ao tratamento humanitário, mas também à melhoria da sanidade do rebanho.
Para alcançar altas taxas de concepção e prenhez, é essencial manter uma estratégia eficaz de vermifugação, vacinação e manejo sanitário.
Impacto significativo na qualidade da carne
Vacas Nelore com bezeros ao pé com genética Angus. Foto: JMMatos
O bem-estar animal também tem um impacto significativo na qualidade da carne. Animais bem tratados resultam em carcaças de melhor qualidade, o que é um diferencial importante para a cadeia produtiva da carne bovina.
O uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma prática amplamente adotada no Brasil, e Henderson Ayres destacou a importância de preparar as fêmeas e o ambiente antes de iniciar o protocolo.
Além disso, é fundamental selecionar os touros e garantir que o sêmen esteja disponível a tempo. Essa preparação meticulosa contribui para aumentar as taxas de concepção e prenhez.
Investimento em qualificação da equipe da fazenda
Treinamento de peões para aclimatação de bovinos na fazenda. Foto: Divulgação/MSD Saúde Animal
Um dos principais pontos a serem destacados é que a busca pelo bem-estar animal e a qualificação da equipe são investimentos que têm um retorno significativo para o produtor.
É uma fórmula que leva à produção mais eficiente, mais produtividade e, finalmente, a um produto de alta qualidade que atende às demandas do mercado.
Pietro Baruselli, professor da USP, revela que a inseminação artificial aumentou mais de 250 vezes nos últimos 20 anos no Brasil, tornando a pecuária mais acessível e democrática.
A qualificação da equipe e o manejo adequado são fatores determinantes para alcançar o sucesso reprodutivo.
Portanto, na temporada de monta, lembre-se de que cuidar do bem-estar dos seus animais não é apenas uma atitude humanitária, mas uma estratégia de negócios que pode aumentar a eficiência reprodutiva, a produtividade e a qualidade da carne. Investir no bem-estar animal é investir no futuro da pecuária brasileira.