Esporotricose. Um problema de saúde pública que não afeta só os felinos, mas também cães e seres humanos. A doença é uma micose subcutânea que surge quando o fungo Sporothrix brasiliensis entra no organismo,...
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Esporotricose. Um problema de saúde pública que não afeta só os felinos, mas também cães e seres humanos. A doença é uma micose subcutânea que surge quando o fungo Sporothrix brasiliensis entra no organismo, por meio de uma ferida na pele, trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.
Os casos suspeitos, humanos ou animais, que muitas vezes estão associados, devem ser comunicados ao serviço público de saúde do município. A notificação possibilitará a investigação epidemiológica, a implantação de medidas preventivas e de controle e o real conhecimento da dimensão da doença nos territórios.
Os humanos suspeitos devem procurar a unidade de saúde mais próxima e relatar sobre o contato com animal suspeito, se houver. Para os animais é fundamental orientar quanto ao isolamento até a melhora clínica, realização do diagnóstico e, se for o caso, iniciar o tratamento imediato.
A Médica-Veterinária e Conselheira Suplente do CRMV-RN, Romeika Reis, ressalta que faz parte do controle evitar os hábitos de passeios ao redor do domicílio por parte dos gatos, para evitar brigas por fêmeas e disputas territoriais. “Manter o animal intradomiciliado é uma medida de carinho e cuidado”, afirma.
A principal medida de prevenção e controle a ser tomada é evitar a exposição direta ao fungo. É importante usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, bem como o uso de calçados em trabalhos rurais. Toda e qualquer manipulação de animais doentes pelos seus tutores e Médicos-Veterinários deve ser feita com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Todos os profissionais de saúde (médicos, médicos-veterinários, zootecnistas, enfermeiros, agentes de saúde entre outros); tratadores de animais e população em geral devem ser informados sobre os riscos relacionados à ocorrência da doença, ao diagnóstico, tratamento e medidas preventivas, porém de forma orientada para se evitar o pânico, aumento de abandono e maus-tratos aos animais. Cuidados adicionais devem ser tomados pelos profissionais e tratadores de animais quanto ao uso de EPI adequado. Os tutores devem ser orientados a manter a saúde de seus pets em dia, com vacinação espécie-específica e vermifugação.