Dermatite em gatos: doenças de pele em felinos causam dor e desconforto
A dermatite em gatos abrange uma infinidade de doenças de pele desse felinos. Elas se manifestam indiscriminadamente em filhotes, adultos e idosos. Os sinais são evidentes e comuns a todos os animais...
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A dermatite em gatos abrange uma infinidade de doenças de pele desse felinos. Elas se manifestam indiscriminadamente em filhotes, adultos e idosos. Os sinais são evidentes e comuns a todos os animais afetados, na maioria das patologias. Coceira intensa, feridas ou caroços, queda de pelo e falta deles em determinadas partes do corpo são alterações que comprometem a saúde dos bichanos e podem deixar sequelas.
Ao notar esses sintomas, a primeira providência do tutor é buscar a orientação de um médico veterinário Os distúrbios podem evoluir para quadros mais graves se não forem corretamente identificados e tratados logo no início. A origem da enfermidade é que vai munir o especialista de informações seguras para o diagnóstico e prescrição do tratamento adequado.
Dermatite em gatos de origem alérgica
Entre as dermatites alérgicas, a provocada por picada de inseto é a mais comum em gatos. A reação do organismo dele à saliva da pulga ou carrapato – injetada na pele e depois levada à corrente sanguínea – é o que ocasiona a doença. Daí aparecem as coceiras cuja intensidade vai de moderada a intensa. O ato de se coçar repetidamente resulta em lesões na pele, inflamações, feridas e até crostas.
Falhas na pelagem (hipotricose) e a falta de pelo em algumas regiões do corpo do animal (alopecia) também são consequências da coceira incessante. O uso de antiparasitários e a desinfecção do ambiente onde o gato vive são medidas preventivas recomendadas.
Controle da dermatite atópica
A dermatite atópica é desencadeada por agentes diversos: pólen, ácaro, mofo, plástico, lã, produtos de limpeza e ainda perfumes. Embora seja mais comum em cães, também acomete felinos, geralmente os com idade inferior a três anos. Alguns sintomas se assemelham aos da alérgica, como coceira intensa e irritação e queda de pelos. Vermelhidão, descamação da pele e feridas provocadas pelas unhas do animal completam o quadro.
A causa é desconhecida e não há cura para o mal, apenas controle com o uso imunossupressores e anti-inflamatórios (corticoides) e, claro, acompanhamento de um veterinário. Por essa razão, medidas práticas ajudam a driblar as crises alérgicas. Embora bem-vindas em qualquer casa, as flores devem ficar longe do ambiente em que o pet circula. Assim como determinadas plantas que são altamente tóxicas aos animais.
Tapetes, almofadas, travesseiros e colchões são paraíso para ácaros e precisam ser higienizados periodicamente. Isso inclui também a caminha e brinquedo de pelúcia do pet .Abrir as janelas para permitir a ventilação do local e a entrada de luz solar dificulta a reprodução desses parasitas, que gostam de calor e umidade. Até os produtos de limpeza devem ser, de preferência, hipoalergênicos.
Acne e micose
Para quem pensa que acne é uma doença de pele exclusiva dos humanos, é bom saber que também ataca felinos. Geralmente é causada por entupimento dos poros devido ao acúmulo de gordura. Afeta o queixo, mas ocasionalmente pode chegar aos lábios. Os pontos pretos aparecem em gatos de todas as idades e podem evoluir para pústulas, infecções, edema e aumento dos gânglios próximos e coceira.
Altamente contagiosa, a micose ou dermatofitose é causada por fungos. A infecção atinge gatos e cachorros e, por se tratar de uma zoonose, não livra também os seres humanos. Os fungos afetam a pele, o pelo e as unhas dos animais, alimentado-se da queratina presente nesses tecidos. Entre as lesões que provocam a mais comum é a alopecia arredondada. Gatos mais jovens ou doentes são os alvos preferenciais porque suas defesas ainda não estão plenamente desenvolvidas ou já estão em declínio. O tratamento com antifúngicos também determina o isolamento do animal.
Sarna em orelhas e pálpebras
Há ainda vários tipos de dermatoses, sendo as mais comuns a sarna notoédrica e a otodécica. Bastante temidas por tutores, não tomam todo o corpo do animal, apenas áreas localizadas. A primeira, conhecida como escabiose felina, é contagiosa e transmitida apenas entre eles. O parasita se fixa nas camadas mais profundas da pele, causando pruridos e levando o gato a se coçar ininterruptamente. Afeta as orelhas, pálpebras, face e até pescoço. Um dos sintomas mais característicos é a seborreia.
A otodécia é uma sarna causada por um ácaro que habita naturalmente o ouvido de cães e gatos, nutrindo-se de restos de pele e secreções. Quando há crescimento exagerado desse parasita, a sarna se manifesta com sintomas diversos. Entre os principais, o aumento de cera de cor escura – que pode levar à otite -, agitação e inclinação da cabeça e espessamento da pele do pavilhão auricular.
Na consulta médica, o veterinário fará o exame físico e fará a avaliação das lesões. O relato do tutor sobre a rotina e hábitos do pet de estimação é importante para orientar o especialista em relação à solicitação de exames. Além dos laboratoriais, outros como raspado de pele, citologia, cultivo micológico e antibiograma podem ser imprescindíveis para direcionar o tratamento do animal.