Como aumentar a rentabilidade dos CAMV?
A Dechra Academy promoveu um webinar sobre a rentabilidade das clínicas veterinárias, no passado dia 26 de janeiro, com Jordi Calvo como orador principal. De acesso livre a todos os médicos veterinários que...
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A Dechra Academy promoveu um webinar sobre a rentabilidade das clínicas veterinárias, no passado dia 26 de janeiro, com Jordi Calvo como orador principal. De acesso livre a todos os médicos veterinários que tivessem interesse em participar, foram dadas pistas sobre a melhor forma de fazer crescer um CAMV.
Jordi Calvo começou por afirmar que a ideia deste webinar passaria por explicar noções simples de rentabilidade, ainda que apresentasse algumas fórmulas e casos práticos – recorrendo a exemplos fictícios – mas com o objetivo de descodificar este termo, de uma maneira mais generalista. “Podemos afirmar que a rentabilidade é o momento em que começamos a ganhar dinheiro”, defendeu. E isto acontece quando se atinge um ponto de equilíbrio entre a componente médica e a parte empresarial. “Dentro das nossas várias responsabilidades empresariais há que definir os nossos objetivos. E esses são diversos. Podemos definir que o nosso objetivo é ganhar dinheiro – e está tudo bem – mas podemos traçar como metas a promoção da saúde animal, aumentar a equipa, ganhar mais clientes, entre outros.
&lt;p&amp;gt;O orador apresentou dados concretos no que respeita à sobrevivência das clínicas veterinárias e indicou que 50% das empresas encerram no primeiro ano de vida, 25% fecham portas no período de três anos e 17,5% ao final de cinco anos desde a abertura. “Temos a ideia de que muitas clínicas encerram ainda que o número de clínicas que abrem portas seja muito elevado. Mas, 925 empresas em cada 1000 não consolidam o seu negócio”, explicou. “Não quero passar uma mensagem assustadora ou de desesperança, mas acho importante colocar em valor a importância de encontrar este ponto de equilíbrio.”&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;blockquote&amp;gt;&amp;lt;p&amp;gt;&amp;lt;strong&amp;gt;“Temos a ideia de que muitas clínicas encerram ainda que o número de clínicas que abrem portas seja muito elevado. Mas, 925 empresas em cada 1000 não consolidam o seu negócio” – &amp;lt;/strong&amp;gt;&amp;lt;em&amp;gt;Jordi Calvo&amp;lt;/em&amp;gt;&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;center&amp;gt;&amp;lt;div id='div-gpt-ad-1630613300996-0' style='min-width: 320px; min-height: 50px;'&amp;gt; &amp;lt;script&amp;gt; googletag.cmd.push(function() { googletag.display('div-gpt-ad-1630613300996-0'); }); &lt;/div&gt;&nbsp;&amp;lt;p&amp;gt;&amp;lt;a href="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/03/jordi-calvo.png"&amp;gt;&amp;lt;img decoding="async" loading="lazy" class="size-medium wp-image-45753 aligncenter" src="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/03/jordi-calvo-300x258.png" alt="" width="300" height="258" srcset="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/03/jordi-calvo-300x258.png 300w, https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/03/jordi-calvo.png 312w" sizes="(max-width: 300px) 100vw, 300px" /&amp;gt;&amp;lt;/a&amp;gt;&amp;lt;/p&amp;gt;&amp;lt;/blockquote&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;Uma empresa que não ganhe dinheiro e não tenha lucro não é sustentável. “Se podemos ganhar dinheiro, fantástico, mas o primeiro objetivo passa por não perder.” Jordi Calvo abordou quatro temas importantes na procura deste ponto de equilíbrio: minuto veterinário, viabilidade de uma campanha, amortização de equipas e ponto de equilíbrio do negócio.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;center&amp;gt;&amp;lt;div id='div-gpt-ad-1630613317342-0' style='min-width: 320px; min-height: 50px;'&amp;gt; &amp;lt;script&amp;gt; googletag.cmd.push(function() { googletag.display('div-gpt-ad-1630613317342-0'); }); &lt;/article&gt;&lt;/main&gt;&lt;/div&gt;&nbsp;&amp;lt;p&amp;gt;No que respeita ao minuto veterinário, há que avaliar a estrutura de gastos e fazer uma gestão de custos fixos e variáveis. “É preciso agrupar tudo o que precisamos numa clínica dentro destes dois tipos de custos.” Dentro dos primeiros, vamos ter em consideração os custos com pessoal e com a estrutura, ou seja, tudo o que vai ter de ser assegurado independentemente do volume do negócio. “Vamos ter de pagar a fatura da luz independentemente do quanto iremos faturar.” Já os custos variáveis estão diretamente dependentes do volume de atividade.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;O cálculo do minuto veterinário pode ser utilizado como ponto de partida na hora de calcular o custo e o preço de um serviço. “Temos que fazer o cálculo do tempo que o veterinário vai necessitar”, explicou o orador, exemplificando um caso com valores fictícios. “Se sabemos que temos um veterinário 20 minutos com um cliente, vamos cobrar esse tempo.” Perante uma pergunta da audiência sobre se existe um ponto de referência para o minuto veterinário, Jordi Calvo respondeu que um euro por minuto pode ser um bom ponto de partida mas que tudo depende de cada CAMV. “Cada centro tem uma estrutura particular de custos com salários mais ou menos altos. Este valor de referência pode ser assim ajustado.”&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;center&amp;gt;&amp;lt;div id='div-gpt-ad-1630613335647-0' style='min-width: 320px; min-height: 50px;'&amp;gt; &amp;lt;script&amp;gt; googletag.cmd.push(function() { googletag.display('div-gpt-ad-1630613335647-0'); }); &lt;/div&gt;&nbsp;&amp;lt;p&amp;gt;Relativamente à viabilidade de uma campanha, Jordi Calvo referiu que as campanhas de marketing são muito úteis para promover serviços. Também a este nível há que pensar em encontrar um ponto de equilíbrio em que se ganha e se perde. “Há que valorizar os custos fixos e variáveis de uma determinada campanha e perceber que tipo de materiais necessitamos, por exemplo.” O valor total depende do número de campanhas de marketing que cada CAMV vai querer realizar.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;Para calcular o tempo efetivo, existem fórmulas que podem ajudar: em oito horas ao dia, se cada consulta demorar meia hora, temos dezasseis potenciais consultas. E a partir daí há que perceber quantas estão a ser feitas. “Isto dá-nos uma ideia do potencial de eficiência.” Jordi Calvo chamou a atenção para que os custos com o pessoal auxiliar esteja incluído nos custos fixos totais que têm de ser repartidos em cada minuto veterinário. “Este é um modelo um pouco teórico, mas podemos ir testando e melhorar a rentabilidade”, referiu.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;“Quantas campanhas temos de fazer efetivamente para não perder dinheiro?”, questionou o médico veterinário. O ponto de equilíbrio encontra-se quando o total de entrada é igual ao total de gastos “e em que não ganhamos nem perdemos”. O total de entradas é o que será faturado por cada uma das campanhas, multiplicado pelo número de campanhas que efetivamente se realizem. A partir de um certo número de ações deste tipo, as clínicas começam a ter benefícios.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;No que respeita à amortização de equipas, Jordi Calvo salientou que os custos mais elevados numa clínica estão relacionados com os recursos humanos. Os salários são custos fixos. “Não é recomendável que se esteja à frente de um CAMV sem se conhecer todos dados: as entradas, a quantidade de custos fixos e variáveis, o número de transações, número de clientes ativos, etc.” Não se trata de nos perdermos em cálculos inúteis, acrescentou, mas de ter um conhecimento real e objetivo de como está o nosso negócio e que o mesmo perdure no tempo. Caso não esteja bem, conseguiremos perceber como tomar decisões que permitam implementar melhorias.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;blockquote&amp;gt;&amp;lt;p&amp;gt;&amp;lt;strong&amp;gt;“Se podemos ganhar dinheiro, fantástico, mas o primeiro objetivo passa por não perder”, salientou o médico veterinário Jordi Calvo&amp;lt;/strong&amp;gt;&amp;lt;/p&amp;gt;&amp;lt;/blockquote&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;&amp;lt;strong&amp;gt;Quando perceber se está a ganhar dinheiro no seu CAMV?&amp;lt;/strong&amp;gt;&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;Como se calcula o ponto de equilíbrio do negócio? “Sabemos que enquanto há atividade existem custos variáveis, o que fará aumentar os custos totais”, explicou o veterinário. A determinado momento, o volume de negócio permite cobrir os custos fixos. Já referimos que o ponto de equilíbrio é o chamado “ponto morto” e é o primeiro sinal de sobrevivência pois é a partir daqui que começa a haver espaço para a rentabilidade.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;“Há que ter em consideração o custo variável por unidade e no caso de um CAMV, a conta a fazer é sobre cada ação que supõe um intercâmbio de serviços e uma média entre todos os serviços que dispomos na clínica, desde um tratamento com um desparasitante interno até uma cirurgia de alto nível.” A partir daí, há que avaliar o preço médio de cada um dos serviços e transações. “O conceito de transação é a média de todos os serviços existentes na clínica. É um conceito que parece ser um pouco teórico, mas temos de avaliar qual é o custo variável que imputamos a cada uma dessas transações e dividir o custo médio total pelo número de transações”, explicou Jordi Calvo.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;Para o tal ponto de equilíbrio unitário vamos dividir os custos fixos totais entre a diferença do preço médio da transação e o custo variável unitário. Isto é o que Jordi Calvo chama de margem de contribuição.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;No final do webinar, o médico veterinário explicou que nem sempre há uma relação direta entre como vão as finanças e a existência da liquidez. “Recomendo que se preocupem o quanto antes com o minuto veterinário, por exemplo, que vai ajudar a calcular preços.”&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;As clínicas que consigam passar os custos fixos a variáveis vão ter mais facilidade em encontrar o ponto de equilíbrio. “Há muitos fatores que podem influenciar a rentabilidade de uma clínica.”&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;div style="color: #ffffff; background-color: #1e73be; text-align: left; padding: 20px; font-size: 15px;"&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;&amp;lt;strong&amp;gt;PERFIL Jordi Calvo&amp;lt;/strong&amp;gt;&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;Jordi Calvo licenciou-se em Veterinária pela Universidade Autónoma de Barcelona, em 1996. Depois de um ano de experiência profissional numa clínica de pequenos animais em Barcelona, abriu um pequeno consultório – Centro Veterinário San Jorge, um ano depois, e a Clínica Veterinária São Jorge, em 2001. Tem especial interesse em temas de gestão na prática clínica, especialmente nos campos da dermatologia, da medicina interna e cirurgia de tecidos moles.&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;p&amp;gt;Desde 2016, é consultor de clínicas veterinárias na BlauVet Consulting com especial interesse na análise da rentabilidade e a implementação de planos de saúde. É membro da RIGVE – Rede Iberoamericana de Gestão Veterinária (tradução para português).&amp;lt;/p&amp;gt; &amp;lt;/div&amp;gt; &amp;lt;link href="//cdn-images.mailchimp.com/embedcode/horizontal-slim-10_7.css" rel="stylesheet" type="text/css"&amp;gt; &amp;lt;style type="text/css"&amp;gt; #mc_embed_signup_scroll p{ margin-bottom:5px; } .gdprRequired input[type=checkbox]{ margin-right: 5px; bottom: -3px; position: relative; } #mc_embed_signup{ border-top: 1px solid #009bde; padding-top: 10px; padding-bottom: 20px; margin-bottom:20px; border-bottom: 1px solid #009bde; } .content__gdpr{ font-size: 11px; padding-top:10px; } .checkbox.subfield{ display:flex; } .content__gdprLegal{ font-size: 11px; padding-top: 10px; padding-bottom: 20px; } #mc-embedded-subscribe{ background-color:#009bde!important; } &amp;lt;/style&amp;gt;&amp;lt;div id="mc_embed_signup"&amp;gt; &amp;lt;form action="https://veterinaria-atual.us13.list-manage.com/subscribe?u=a7668b130ac10aea0f8c24cfb&amp;amp;id=e123b058e7" method="post" id="mc-embedded-subscribe-form" name="mc-embedded-subscribe-form" class="validate" target="_blank" novalidate&amp;gt; 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&amp;lt;/div&amp;gt; &amp;lt;div class="vce-next-link"&amp;gt; &amp;lt;a href="https://www.veterinaria-atual.pt/na-pratica/floresta-hills-nasce-madrid/" rel="prev"&amp;gt;&amp;lt;span class="img-wrp"&amp;gt;&amp;lt;img width="375" height="195" src="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/02/Foto-3-375x195.png" class="attachment-vce-lay-b size-vce-lay-b wp-post-image" alt="Floresta Hill&amp;amp;#039;s nasce em Madrid para reduzir mais de 100 toneladas de emissões de CO2" loading="lazy" /&amp;gt;&amp;lt;span class="vce-pn-ico"&amp;gt;&amp;lt;i class="fa fa fa-chevron-right"&amp;gt;&amp;lt;/i&amp;gt;&amp;lt;/span&amp;gt;&amp;lt;/span&amp;gt;&amp;lt;span class="vce-prev-next-link"&amp;gt;Floresta Hill&amp;amp;#8217;s nasce em Madrid para reduzir mais de 100 toneladas de emissões de CO2&amp;lt;/span&amp;gt;&amp;lt;/a&amp;gt; &amp;lt;/div&amp;gt; &amp;lt;/nav&amp;gt; &amp;lt;/main&amp;gt; &amp;lt;div class="main-box vce-related-box"&amp;gt; &amp;lt;h3 class="main-box-title"&amp;gt;Notícias Relacionadas&amp;lt;/h3&amp;gt; &amp;lt;div class="main-box-inside"&amp;gt; &amp;lt;article class="vce-post vce-lay-d post-45756 post type-post status-publish format-standard has-post-thumbnail hentry category-destaques category-na-pratica tag-medicos tag-medicos-veterinarios tag-omv tag-ordem-dos-medicos-veterinarios tag-siria tag-terramoto tag-turcos tag-turquia tag-veterinarios"&amp;gt; &amp;lt;div class="meta-image"&amp;gt; &amp;lt;a href="https://www.veterinaria-atual.pt/na-pratica/omv-terramotos-na-turquia/" title="OMV solidária com médicos veterinários afetados pelos terramotos na Turquia"&amp;gt; &amp;lt;img width="145" height="100" src="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/03/iStock-1466812639-145x100.jpg" class="attachment-vce-lay-d size-vce-lay-d wp-post-image" alt="OMV solidária com médicos veterinários afetados pelos terramotos na Turquia" loading="lazy" srcset="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/03/iStock-1466812639-145x100.jpg 145w, https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/03/iStock-1466812639-380x260.jpg 380w" sizes="(max-width: 145px) 100vw, 145px" /&amp;gt; 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&amp;lt;a href="https://www.veterinaria-atual.pt/destaques/profissionais-veterinarios/" title="Idade mediana de profissionais veterinários portugueses é de 41 anos"&amp;gt; &amp;lt;img width="145" height="100" src="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/02/iStock-1457845411-145x100.jpg" class="attachment-vce-lay-d size-vce-lay-d wp-post-image" alt="" loading="lazy" srcset="https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/02/iStock-1457845411-145x100.jpg 145w, https://www.veterinaria-atual.pt/wp-content/uploads/sites/4/2023/02/iStock-1457845411-380x260.jpg 380w" sizes="(max-width: 145px) 100vw, 145px" /&amp;gt; &amp;lt;/a&amp;gt; &amp;lt;/div&amp;gt; &amp;lt;header class="entry-header"&amp;gt; &amp;lt;span class="meta-category"&amp;gt;&amp;lt;a href="/sobre/medicos-veterinarios/"&amp;gt;Médicos Veterinários&amp;lt;/a&amp;gt;&amp;lt;/span&amp;gt; &amp;lt;h2 class="entry-title"&amp;gt;&amp;lt;a href="https://www.veterinaria-atual.pt/destaques/profissionais-veterinarios/" title="Idade mediana de profissionais veterinários portugueses é de 41 anos"&amp;gt;Idade mediana de profissionais veterinários...&amp;lt;/a&amp;gt;&amp;lt;/h2&amp;gt; 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