Por Digivets

Setembro 17, 2025

Participação do segmento de produtos para animais de estimação quase dobra nos últimos dez anos e já representa 27% do faturamento do setor, aponta Sindan

A indústria veterinária brasileira apresentou um crescimento expressivo em 2024, atingindo um faturamento de R$ 11,9 bilhões, alta de 10,1% em relação ao ano anterior. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), que também aponta que o setor manteve uma média de crescimento anual de 10,5% na última década. O desempenho dos últimos anos é impulsionado pela pecuária (animais de produção) e pelo avanço do mercado pet, com novas dinâmicas de consumo e a crescente valorização do bem-estar animal. 

Para Gabriela Mura, diretora de mercado e assuntos regulatórios do Sindan, os números refletem um movimento estrutural importante, que vai além da simples expansão financeira. “Estamos falando de uma indústria que evoluiu em volume e complexidade. O crescimento sustentável ao longo da década mostra a capacidade do setor em se adaptar às demandas do campo e da cidade, com soluções que integram saúde, inovação e bem-estar animal”, afirma.

A pecuária continua sendo o principal eixo da indústria veterinária, concentrando 47% do faturamento total em 2024. Contudo, há uma década, o segmento representava 57% da receita. “Os animais de produção permanecem estratégicos para a indústria veterinária, com os produtores rurais cada vez mais atentos à sustentabilidade dos negócios, mas o mercado pet tem avançado de maneira expressiva”, afirma Gabriela. 

Em 2014, o mercado pet representava 15% do faturamento da indústria, e atualmente já responde por 27%. “Esse salto é reflexo do estreitamento da relação entre o ser humano e o pet, considerado membro da família do tutor. Esse novo perfil de consumidor, que zela pela saúde, conforto e longevidade dos bichinhos de estimação, impulsiona investimentos em inovação, qualificação profissional e novos modelos de atendimento no setor”, explica a especialista. 

O cenário evidencia uma indústria veterinária diversificada, capaz de atender às exigências de eficiência do campo e às novas expectativas da sociedade urbana. A saúde animal consolida-se, assim, como um pilar estratégico da economia brasileira, refletindo transformações no comportamento social, avanços tecnológicos e uma crescente valorização dos vínculos entre humanos e animais.

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