05/04/2023

    Veterinária dá dicas de como identificar doenças renais nos animais de estimação

    Assim como nos humanos, as doenças renais nos pets podem ter graves consequências. Segundo estudo publicado na Revista USP - Universidade de São Paulo - estima-se que problemas nos rins sejam uma das principais causas

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    Veterinária dá dicas de como identificar doenças renais nos animais de estimação

    Assim como nos humanos, as doenças renais nos pets podem ter graves consequências. Segundo estudo publicado na Revista USP – Universidade de São Paulo – estima-se que problemas nos rins sejam uma das principais causas de morte entre cães e gatos acima dos sete anos. Entender como essas enfermidades surgem, como é possível tratá-las e como evitá-las é de suma importância, já que os rins são um dos órgãos essenciais para o bom funcionamento do organismo. 

    O risco da ocorrência de doenças renais nos pets aumenta com a idade do animal, no entanto, essas doenças também podem acometer animais mais jovens. “Algumas comorbidades podem acabar favorecendo o desenvolvimento de problemas nos rins em cães e gatos, como a hipercalcemia, doenças cardíacas, doença periodontal, cistite, urolitíase, hipertireoidismo, diabetes e patógenos infecciosos, como a leishmaniose e a leptospirose”, é o que explica a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Uninassau Salvador, Alessandra Bispo. 

    Os primeiros sinais clínicos são: eliminar quantidades excessivas de urina e beber água excessivamente (Foto: reprodução)

    Quando acometidos por insuficiência renal crônica, cães e gatos podem mostrar alguns sinais bastante específicos. “Os primeiros sinais clínicos são a poliúria e polidipsia (eliminar quantidades excessivas de urina e beber água excessivamente). A perda de peso excessiva e a desidratação são achados frequentes também e o paciente também aparenta uma ruim condição corporal, com palidez das mucosas, pelagem com aspecto ruim, com perda de brilho, fraqueza e atrofia muscular”, destaca a veterinária. 

    Observando esses sinais, os tutores devem levar o pet ao consultório veterinário para que, por meio de exames, seja possível confirmar um diagnóstico e iniciar o tratamento. “O objetivo do tratamento é prevenir a progressão da doença, já que ela não tem cura. A mudança na dieta é a base disso, por meio da restrição de fósforo e sódio, a diminuição da quantidade de proteína e a adição de vitaminas do complexo B e ácidos graxos. Nos casos avançados, as terapias efetivas são transplante renal e hemodiálise”, pontua. 

    Ainda segundo a médica-veterinária, as principais raças de cães predispostas às doenças renais são bull terrier, cocker spaniel inglês, west highland white terrier e boxer. Já as felinas, são o abissínio, azul russo, persa e siamês. “É bom destacar que a melhor opção contra a IRC é a prevenção. É mais que indicado que os tutores levem seus bichinhos para check-ups periódicos com o médico-veterinário (especialmente para animais a partir de 4 a 6 anos), mantenha uma alimentação balanceada, estimule a ingestão de água e pratique alguma atividade com pet para que ele possa se movimentar”, conclui.

    Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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