Tumores de tireoide ocorrem mais comumente em cães de meia-idade a idosos
As glândulas tireoides são estruturas alongadas e fixas na porção proximal da traqueia, compostas unidades funcionais denominadas folículos tireoidianos (DALECK et al., 2016). Os tumores de tireoide ocorrem mais comumente em cães de meia-idade a
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As glândulas tireoides são estruturas alongadas e fixas na porção proximal da traqueia, compostas unidades funcionais denominadas folículos tireoidianos (DALECK et al., 2016). Os tumores de tireoide ocorrem mais comumente em cães de meia-idade a idosos (MULLER et al., 2015) e são apontados como as neoplasias endócrinas mais descrita nesta espécie. Os carcinomas são mais comuns que adenomas e representam 60-90% dos tumores de tireoide (TOCHETTO et al., 2017). As raças de cães mais frequentemente acometidas são Boxer, Beagle e Golden Retriever. No entanto, também há relatos nas raças Labrador e Pastor Alemão (COSTA et al., 2006).
Os carcinomas tireoidianos possuem comportamento altamente maligno, podendo apresentar metástases para linfonodos regionais, pulmão e infiltração neoplásica para as estruturas adjacentes (MULLER et al., 2015). Além disso, são massas firmes, assimétricas, lobuladas e indolores. Os linfonodos submandibulares e/ou cervicais podem ser encontrados aumentados devido a infiltração neoplásica (NELSON et al., 2015).
O diagnóstico se dá em função dos achados clínicos, alterações laboratoriais e exames de imagem, entretanto, a confirmação só é possível após a realização do exame de histopatológico. Os exames de imagem como radiografias cervicais e torácicas, ultrassonografia abdominal e cervical, tomografia computadorizada são úteis para identificação da massas e invasão nos tecidos circundantes, bem como achados de metástase (MULLER et al., 2015).
As alternativas para tratamento incluem cirurgia, quimioterapia, tratamento com iodo radioativo e radioterapia (NELSON et al., 2015). A exérese é o tratamento de escolha, embora a remoção completa de um carcinoma tireoidiano seja incomum (MOREIRA, 2016). Em um terço de todos os casos, as duas tireoides estão envolvidas, o que dificulta a obtenção de margens de segurança adequadas (DALECK et al., 2016).
O presente relato tem como objetivo descrever um caso de carcinoma tireoidiano em um cão da raça Pastor Alemão.
Abaixo as referências utilizadas pelos autores.
REFERENCIAS:
BARBER, L.G. Thyroid tumors in dogs and cats. Veterinary Clinics of North America Small Animal Practice, v.37, n.4, p.755-773, 2007.
COSTA, M., BARIANI, M. H.; SANTOS, P. C. G. Adenocarcinoma de tireoide. Revista Científica Eletrônica De Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária E Zootecnia De Garça/Famed, ano iii, número 07, 2006.
DALECK, R. C; DE NARDI, A.B. Oncologia em cães e gatos. 2.ed. Rio de Janeiro: Roca, cap 32, p. 625 – 633, 2016.
LIPTAK, J. M. Canine thyroid carcinoma. Clin Techniques Small Anim Pract 22: 75-81, 2007.
MOREIRA, B.S., PEREIRA, D.P., FERNANDES, S.M.L. Medvep – Revista Científica de Medicina Veterinária – Pequenos Animais e Animais de Estimação; 2016; 14(44); 58- 62.
MULLER, T. R., LUCIANI, M. G.,SOUZA, L. P.,MARTINEZ, T. S., FERIAN, P. E., Simpósio Internacional de Diagnostico Imagem, Carcinoma de Tireoide Em Um Cão: Relato De Caso, 2015.
NELSON R.W; COUTO C.G. 2015. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5a ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. cap 51, p 772 – 775.
TOCHETTO C., SILVA T.M., FIGHERA R.A., IRIGOYEN L.F & KOMMERS G.D. 2017. Neoplasmas da tireoide em cães: 26 casos. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(12):1460-1466.