Nestlé investe R$ 2,5 bilhões com foco no mercado pet
Divulgação: Nestlé O mercado pet é um dos principais alvos do maior investimento projetado pela Nestlé em território nacional nos últimos cinco anos. A companhia deve injetar R$ 2,5 bilhões na operação...
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O mercado pet é um dos principais alvos do maior investimento projetado pela Nestlé em território nacional nos últimos cinco anos. A companhia deve injetar R$ 2,5 bilhões na operação brasileira em 2023.
A prioridade para a divisão de alimentos para animais de estimação foi mencionada pelo próprio presidente da Nestlé para a América Latina, Laurent Freixe. O Brasil é o terceiro maior em negócios da marca, só perdendo para Estados Unidos e China. O mercado brasileiro é o destino por 85% da produção, enquanto os demais 15% atendem ao Exterior, em especial países da Europa e os Estados Unidos.
O investimento terá como principal direção a instalação de uma nova fábrica da Purina na cidade de Vargeão, no oeste de Santa Catarina. A planta receberá em torno de R$ 1,3 bilhão. A indústria também promete ampliar recursos para aumentar a capacidade produtiva da unidade de Ribeirão Preto (SP), primeira a desenvolver rações úmidas para cães e gatos na América Latina.
Aposta no mercado pet acompanha produção mais sustentável
Além de concentrar esforços no mercado pet, a fabricante busca processos mais sustentáveis nas suas linhas de produção. Um dos investimentos é a implementação de novas caldeiras de biomassa em substituição ao gás, acompanhadas de projetos para reutilização de água e energia. A Nestlé tem como objetivo reduzir em aproximadamente 15 mil toneladas o volume anual de emissões de CO2. A transformação digital também ganhará evidência, por meio de novas tecnologias e sistemas de robotização.
Nestlé pode comprar divisão da BRF focada no mercado pet
A elevada atenção da Nestlé ao mercado pet ajuda a alimentar os rumores sobre uma possível compra dessa divisão de negócios da BRF. Segundo informações da Bloomberg e do Brazil Journal, a companhia poderia formalizar a transação por R$ 2 bilhões, em um processo que estaria sob a condução do Banco Santander.
Dona da Sadia e da Perdigão, a BRF aposta na venda do negócio para reduzir a alavancagem das operações e direcionar esforços para sua principal fonte de receita – a produção de frango, suínos e alimentos processados. As ações caíram 60% nos últimos 12 meses e a dívida líquida chega a R$ 14,8 bilhões. Além disso, a empresa convive com um processo de reformulação desde maio de 2021, quando o empresário Marcos Molina dos Santos tornou-se seu maior acionista, com 33% do controle. Ele é o fundador e presidente do conselho de administração Marfrig.
As empresas de nutrição animal adquiridas pela BRF eram também cobiçadas pela Nestlé. O segmento de pet food da fabricante, liderado pelo CEO Marcel de Barros, foi o que garantiu maior crescimento orgânico para a companhia. O desempenho teve como principal impulso os resultados da Purina.