O mercado financeiro mira cada vez mais seus olhares para o setor pet, cujas vendas no varejo alcançaram a marca histórica de R$ 60 bilhões no ano passado. “Entre as principais tendências que contribuem para...
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O mercado financeiro mira cada vez mais seus olhares para o setor pet, cujas vendas no varejo alcançaram a marca histórica de R$ 60 bilhões no ano passado.
“Entre as principais tendências que contribuem para o crescimento do mercao no futuro podemos citar a humanização dos pets, ou seja, a preocupação com a saúde e com o bem-estar dos pets, que passam a ser considerados membros da família. A estrutura familiar brasileira mudou, com casamentos mais tardios e menos filhos. Isso eleva o interesse pelos pets, até pelo menor custo financeiro”, observa Lucas Lima, analista da VG Research, em entrevista à Forbes Brasil.
Já a Efund, plataforma de investimentos com foco em startups, enxerga o mercado pet como uma alternativa de diversificação para os investidores. “Os principais atrativos são a a resiliência dos resultados financeiros e a rentabilidade, pois essas empresas têm conseguido repassar o aumento de custos aos clientes e não foram abaladas pela crise”, comenta Igor Romero, sócio da Efund.
O mercado financeiro enxerga o Brasil como hub do setor. E dados sobre negócios desse segmento respaldam essa percepção.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves do mundo, além de ser o terceiro maior país em população total de animais de estimação. São 58,1 milhões de cães, 27,1 milhões de gatos, 20,8 milhões de peixes, 41 milhões de aves e mais 2,53 milhões de outros animais.
O Instituto Pet Brasil aponta um crescimento de 14% em relação à performance do setor em 2021. O principal motor para esse avanço continua a ser o segmento de pet food, com receita superior a R$ 33 bilhões no período. Essa categoria responde por 57% do mercado.
A segunda atividade com melhor desempenho é a venda de animais, que movimentou R$ 6,1 bilhões e representa 10,5% do setor. Os serviços veterinários e a comercialização de medicamentos totalizaram R$ 5,8 bilhões, o que equivale a 9,9% do faturamento total.
As exportações também vêm estimulando o mercado pet, com acréscimo de 20% em 2022 na comparação com o ano anterior, de acordo com levantamento do Projeto Setorial Pet Brasil, programa desenvolvido pela Apex Brasil. A venda de produtos para o Exterior deve ultrapassar R$ 495 milhões.
Em 2022, o setor pet ganhou até uma linha de investimentos pioneira. O projeto partiu da Capri Venture Builder, principal ecossistema de startups do segmento.
A Pet Angels tem como meta estimular o advento de novas soluções para as dores dessa cadeia, atender a demandas disruptivas e agregar inovação, além de fomentar o ecossistema. A solução visa ainda viabilizar novas pet techs com aportes de até R$ 400 mil em empresas no estágio pré-seed.
Além dos aportes nas startups, a linha de investimentos proporcionará um espaço para a troca de conhecimento, com cursos e multiplicação de aprendizados entre os elementos da cadeia. A iniciativa cria uma comunidade de petlovers fortalecida pela permuta de experiência e ainda envolve diversas vantagens para os associados.
Os primeiros parceiros a aderirem ao clube vão receber o título de sócio-fundador. Além disso, essas empresas terão participação ativa nas tomadas de decisões e na definição da tese e de estatutos na primeira fase de implantação. O ecossistema tem como principal característica ser colaborativo e ao mesmo tempo fechado por relação de indicação, com ações e eventos exclusivos para o pool de associados.
“Smart money é nosso diferencial e um dos grandes benefícios tanto para a startup como para os investidores. Acreditamos muito na troca de conhecimento entre os próprios parceiros e nos estudos também. Teremos diversos cursos com foco em startup e no segmento pet, e isso inclui nossos associados. As capacitações envolverão desde aulas de aperfeiçoamento até curso de pós-graduação lato sensu de instituição de ensino superior credenciada pelo MEC que já é nossa parceira”, explica Alaide Barbosa, CEO da Capri.