Mercado pet gera R$ 2,1 milhões em negócios com Argentina
O rápido advento do mercado pet estimula também a geração de negócios internacionais. Só o intercâmbio comercial com a Argentina pode render R$ 2,1 milhões para o setor no Brasil. Os valores podem chegar a R$...
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O rápido advento do mercado pet estimula também a geração de negócios internacionais. Só o intercâmbio comercial com a Argentina pode render R$ 2,1 milhões para o setor no Brasil.
Os valores podem chegar a R$ 3,2 milhões em longo prazo, segundo estimativas de empresários brasileiros e argentinos que participaram das duas últimas rodadas de negócios promovidas pelo Projeto Setorial Pet Brasil. A iniciativa é resultante de uma parceria entre o Instituto Pet Brasil e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
O pet care, que é o segmento de mercado que envolve produtos e acessórios para animais de estimação, foi o que mais se destacou nas negociações. O pet food também vem atraindo a atenção do mercado externo.
“Tivemos um retorno muito positivo das empresas brasileiras e argentinas em relação a esses dois encontros”, afirma Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do Instituto Pet Brasil. “Ações como essas são essenciais para as empresas nacionais expandirem negócios para além de nossas fronteiras e ajudarem o mercado pet e a economia do país”, acrescenta.
Projeto ajuda a desenvolver mercado pet brasileiro
As empresas brasileiras participantes foram Adimax, Amicus, MatsudaPet, Durapets, Furacão Pet, Mundo Koi, Pet Med, Pet Society, Toy For Bird e Vetnil. Já as argentinas foram RAST SRL, Discovery pet SRL, Macotas Mimadas S.A., PUPPIS, UNION PET, Supermercados Toledo S.A, Bichos del Sur SRL, Señor Gonzales, Eurotec Nutrition Argentina e Neozoo.
O Projeto Setorial Pet Brasil oferece orientação a empresas com interesse em exportar seus produtos e serviços, bem como em promover o setor pet brasileiro, por meio de missões comerciais, rodadas de negócios, delegações brasileiras em feiras internacionais, entre outras ferramentas. Países como Argentina, Chile, Colômbia, Peru, China e Emirados Árabes estão entre os focos das rodadas de negócios.
Mercado pet acelera exportações
O mercado pet brasileiro vem conquistando cada vez mais compradores internacionais, tanto que as exportações cresceram 600% desde 2005.
Quando o Pet Brasil surgiu, por meio de convênio firmado em maio de 2005 entre ApexBrasil e Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o setor brasileiro exportava para 150 países, gerando receita de US$ 68,2 milhões. Em 2021, as exportações chegaram a 192 países e somaram US$ 412,6 milhões, com projeção de que neste ano atinjam US$ 495,1 milhões.
“O projeto começou com menos de dez empresas. Hoje, já somamos 68, das quais 20 são exportadoras. Temos previsão de, ainda este ano, ultrapassar a média de 70 integrantes no Pet Brasil, porque é um segmento que está em considerável expansão. Prova disso é que no ano passado, o valor total exportado pelas empresas apoiadas diretamente pelo projeto foi de US$ 39,98 milhões, uma alta de 20,2% em relação a 2020”, conta um dos idealizadores do projeto e membro do Conselho Consultivo do IPB, Edson Galvão de França.
Mercado pet na América Latina
Os dez principais destinos de 2021 dos produtos nacionais do segmento foram Chile, Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Colômbia, Uruguai, Bolívia, Peru, México e Equador. Nos seis primeiros meses deste ano, os países da América Latina foram os principais destinos, liderados por Argentina, Chile e Colômbia, e também foram expressivas as vendas para os Estados Unidos.
Para ampliar as exportações do setor, que ainda é dominado pelos Estados Unidos, o foco do Pet Brasil está voltado justamente para aumentar essa presença nos países latinos. “Buscamos aumentar a nossa participação em mercados da América do Sul e capacitar as empresas para passarem a fazer negócios internacionais ou ampliá-los em mercados que ainda são pouco conhecidos no Brasil. Destacam-se Emirados Árabes Unidos, China e Índia, que possuem um grande potencial consumidor, com perspectivas de crescimento, e que ainda precisam ser melhor compreendidos e trabalhados pelas empresas brasileiras”, explica o analista da gerência de Agronegócios da ApexBrasil, Cassio Akahoshi.