Análise de duas das principais entidades da indústria pet indica perspectivas promissoras do setor para os próximos dois anos. Um levantamento da Coinf, Comissão de Informação de Mercado do Sindan, prevê...
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Análise de duas das principais entidades da indústria pet indica perspectivas promissoras do setor para os próximos dois anos. Um levantamento da Coinf, Comissão de Informação de Mercado do Sindan, prevê crescimento na faixa dos dois dígitos em 2023 e 2024, respectivamente 15,8% e 15%.
Outro dado trazido pela estudo confirma o otimismo do segmento. Os pets representavam, há dez anos, 15% das vendas de produtos para a saúde animal. Em 2022, o percentual chegou a 25%. O Brasil, aliás, já ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de países com mais bichinhos de estimação, totalizando 149,6 milhões.
“Mesmo com as dificuldades econômicas provocadas por uma pandemia, identificamos um aumento de 30% de animais de companhia nos lares brasileiros. Isso demonstra de forma consistente que a ampliação dessa indústria está muito relacionada ao compromisso dos tutores em oferecer o melhor em alimentação e saúde para seus bichinhos”, reforça Emílio Carlos Salani, vice-presidente executivo do Sindan.
Indústria pet cresceu 17% em 2022
Já a Abinpet aponta que a indústria pet encerrou 2022 com faturamento de R$ 41,8 bilhões, um crescimento de 17% sobre o ano anterior. O segmento de pet food movimentou 80% desse montante, o que equivale a R$ 33,2 bilhões. Os produtos pet vet (veterinários) e pet care (higiene e bem-estar animal) responderam por 14% e 6%, respectivamente.
O setor de pet food também foi o que registrou a maior elevação percentual no período – 18%, enquanto os negócios pet care tiveram elevação de 16% e o pet vet, 11%.
Para José Edson Galvão de França, presidente executivo da Abinpet, o cenário estável somente comprova que os números de crescimento se mantêm motivados principalmente pela inflação, e a alta dos preços de commodities segue impactando o preço final.
“Nos dois anos anteriores a 2022, as matérias-primas de origem animal passaram por aumento que superou os 100% no seu valor de comercialização. As demais matérias-primas como o arroz, um dos ingredientes mais usados no pet food, subiu mais de 100% nos últimos cinco anos. O milho, mais de 200%, e a soja, mais de 130%. Todos esses produtos são influenciados tanto pelo câmbio do dólar como pela demanda internacional”, avalia.
Carga tributária onera a indústria pet
Para não onerar tanto o consumidor, prossegue Galvão de França, as indústrias têm diminuído suas margens de lucro. Essa estratégia evita que o preço aumente tanto quanto o custo de produção tem aumentado. “Mas sabemos que, a médio prazo, a conta não fecha. Uma alternativa seria a redução da carga tributária”, acrescenta. De acordo com o executivo, a cada R$ 1 pago pelo consumidor, praticamente R$ 0,50 são impostos.