A Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA) lançou em 2022 o Guideline para Dor em Cães e Gatos voltado para o reconhecimento, avaliação e tratamento. Trata-se de uma atualização do antigo guideline de mesmo título publicado em 2014 pela própria WSAVA.
O documento de 2022 reflete os grandes avanços na medicina da dor veterinária nos últimos 10 anos, trazendo informações científicas atualizadas em relação ao primeiro documento. um material essencial para profissionais que buscam aprimorar o cuidado e o bem-estar dos seus pacientes.
Nós da Digivets reforçamos nosso compromisso com a curadoria de conteúdos científicos relevantes e atualizados.
Em nossa sessão exclusiva, você encontrará um resumo claro e eficiente dos principais pontos deste guideline e de outros assuntos atuais, facilitando o seu acesso às melhores práticas e tendências globais em medicina veterinária.
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O Guideline para dor em cães e gatos
O tratamento da dor em cães e gatos tem avançado significativamente, proporcionando melhor qualidade de vida para os nossos pets. Abordagens modernas e multidisciplinares são incorporadas no tratamento veterinário para identificar e tratar a dor.
A dor por sua vez pode ser subdividida em Aguda ou Crônica, resultante cada uma com suas próprias especificidades e provenientes de diversas condições como osteoartrite, cirurgias ou traumas.
O documento da WSAVA traz diversos pontos como: Os conceitos de dor, uma revisão sobre a sua fisiologia e fisiopatologia, abordagens para seu tratamento, diferença entre dor aguda e crônica e protocolos e ferramentas para o reconhecimento da dor aguda e crônica em cães e gatos.
Algumas das principais premissas do Guideline
- Dor é uma doença que pode ser reconhecida e tratada efetivamente na maioria dos casos
Reconhecer a dor como uma doença em si é crucial para garantir a qualidade de vida dos pacientes. A implementação de ferramentas para avaliação objetiva da dor, como escalas comportamentais e fisiológicas, é essencial para um diagnóstico preciso e monitoramento contínuo.
- Dor é o quarto sinal vital e deve ser incorporada na avaliação TPR (temperatura, pulso, respiração) de todos os pacientes
Assim como os sinais vitais tradicionais, a avaliação da dor deve ser realizada rotineiramente em todos os atendimentos. Isso promove uma abordagem mais completa e permite que a dor seja identificada e tratada antes que evolua para um problema crônico.
- Analgesia preventiva e multimodal deve sempre ser considerada
A analgesia preventiva evita a sensibilização do sistema nervoso, reduzindo a intensidade da dor pós-operatória. Já a abordagem multimodal combina diferentes classes de analgésicos e terapias complementares para atuar em diferentes vias de dor, potencializando o alívio e reduzindo efeitos colaterais.
- Dor perioperatória pode se prolongar por vários dias e deve ser tratada de acordo; incluir manejo da dor no “ambiente domiciliar”
A continuidade do manejo da dor no ambiente domiciliar é essencial para a recuperação plena do paciente. Orientações claras para os tutores, como o uso correto de medicamentos e a criação de um ambiente tranquilo e seguro, fazem parte de um plano terapêutico eficaz.
- A percepção de dor é influenciada por diversos fatores internos e externos, incluindo o ambiente social e físico
Fatores como ansiedade, medo, suporte emocional do tutor e condições ambientais (temperatura, ruído, conforto) podem exacerbar a percepção da dor. Considerar esses elementos no plano de tratamento aumenta a eficácia das intervenções.
- O tratamento da dor deve sempre incluir terapias farmacológicas e não farmacológicas
Além dos medicamentos, estratégias como fisioterapia, acupuntura, técnicas de manejo ambiental e suporte psicológico são indispensáveis. Terapias integrativas ajudam a abordar a dor de forma holística, melhorando o bem-estar geral do paciente.
Esses pontos reforçam a importância do manejo da dor, demonstrando a necessidade de uma abordagem integrada e contínua.
Em nossos próximos artigos, abordaremos os principais temas discutidos no guideline para dor em cães e gatos.
Reforçamos que nós da Digivets nos comprometemos em sempre traduzir, esclarecer e resumir o essencial de diversos assuntos pertinente dentro da prática veterinária para que você se mantenha sempre atualizado.
Referências
P. Monteiro, X. LasceLLes , J. MurreLL, S. Robertson, M. Steagall e B. Wright. Diretrizes da WSAVA de 2022 para reconhecimento, avaliação e tratamento de dor; 2022.