Por Digivets

Julho 24, 2025

Terapia com energia lumínica fluorescente, Fotobiomodulação, acelera a cicatrização da pele de pets em diversos quadros clínicos 

O uso da luz como agente terapêutico tem registros históricos milenares, seja para fins físicos ou mentais. Com os avanços tecnológicos recentes, especialmente do LED (Light Emitting Diode), a fototerapia moderna passou a ocupar papel importante em diversas especialidades médicas, inclusive na medicina veterinária. 

Uma das abordagens mais promissoras é a fotobiomodulação, também conhecida como Low-Level Laser Therapy (LLLT). Trata-se de uma terapia não térmica, que utiliza luz não ionizante (como a emitida por LEDs) para modular processos biológicos essenciais à recuperação da pele.

“A fotobiomodulação atua por meio da ativação de cromóforos celulares, promovendo redução da inflamação, estímulo à angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) e aceleração da cicatrização”, explica a médica-veterinária Patricia Guimarães, Coordenadora de Serviços Técnicos da Unidade Pet da Vetoquinol Saúde Animal. 

A terapia favorece a proliferação celular, além de contribuir com a sobrevivência, regeneração e reparação dos tecidos, sendo altamente eficaz em diferentes condições dermatológicas em cães e gatos. Entre as principais indicações estão a piodermite superficial e profunda; a furunculose interdigital; a piodermite de calo e de queixo; as feridas abertas; as fístulas anais e perianais, lesões pós-cirúrgicas, entre outras. 

A fotobiomodulação ganha ainda mais destaque com a chegada de Phovia, tecnologia desenvolvida pela empresa francesa Vetoquinol. O sistema é composto por uma lâmpada multi-LED com luz azul e um gel cromóforo que é aplicado diretamente sobre a pele lesionada. Essa interação estimula reações moleculares em cascata que, por sua vez, ativam estruturas celulares em todas as camadas da pele, promovendo a regeneração tecidual e acelerando o processo de cicatrização de forma eficaz, não invasiva e indolor. 

“Os cromóforos absorvem a luz azul e a transformam em energia fluorescente, ampliando o comprimento de onda e permitindo que ela atinja camadas mais profundas da pele. Com isso, a regeneração tecidual se torna acelerada e os resultados clínicos podem ser observados entre 2 a 6 semanas, reduzindo o tempo de tratamento em até 50% quando comparado às terapias convencionais. Além disso, a terapia com Phovia pode ajudar a reduzir o uso de antibióticos durante o tratamento. Isso é importante porque o uso excessivo desses medicamentos pode fazer com que as bactérias se tornem resistentes, dificultando tratamentos futuros”, destaca Patricia. 

A evolução da tecnologia luminosa tem permitido avanços significativos na medicina veterinária, especialmente por meio da fotobiomodulação. Essa abordagem terapêutica, baseada na aplicação de luz não ionizante, vem se consolidando como uma ferramenta eficaz, não invasiva e segura para o tratamento de diversas afecções dermatológicas em pets.

Ao estimular processos celulares profundos, como a angiogênese e a regeneração tecidual, a tecnologia promove uma cicatrização mais rápida e eficiente, com potencial para reduzir o tempo de tratamento e minimizar a necessidade de antibióticos. Esses benefícios colocam a fototerapia moderna como um recurso inovador e promissor na prática clínica veterinária.

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