Incluídos cada vez mais no cotidiano social, os animais domésticos, hoje em dia, já são parte da família. Por isso, surge a dúvida: como lidar com o corpo do animal após a morte? Alguns tutores optam por...
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Incluídos cada vez mais no cotidiano social, os animais domésticos, hoje em dia, já são parte da família. Por isso, surge a dúvida: como lidar com o corpo do animal após a morte?
Alguns tutores optam por enterrar seus animais no quintal ou em algum terreno. Mas, essa é uma opção que deve ser descartada. O médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Odilon Soares, explica que este é um ato ilegal, previsto com pena de prisão ou multa, caso cause danos à saúde pública ou ao meio ambiente.
“A perda de um animal é um momento doloroso para seus tutores e família. Enterrar um gato ou cachorro no quintal traz contaminação para o solo. Muitos tutores não sabem, mas existem cemitérios especializados, além de tratar de toda a burocracia para o enterro desse pet”, afirma o especialista.
Mas, então, o que fazer? Uma opção é contatar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZs) da sua cidade. Em alguns municípios, as prefeituras oferecem o serviço gratuito de retirada e destinação correta dos animais. Neste caso, é preciso entrar em contato com os órgãos locais para agendar a retirada ou levar até ao endereço indicado.
“A atitude correta é embalar o pet dentro de um saco plástico resistente e lacrado, e informar se o animal faleceu devido a doenças contagiosas, pois nestes casos os profissionais em saúde irão avaliar possíveis riscos à saúde pública”, indica o especialista.
Segundo Odilon, em grande parte dos casos de encaminhamento aos centros de zoonoses, os animais são levados ao enterro sanitário mais próximo, ou podem ainda ter a mesma destinação de materiais hospitalares, que é a incineração.
“Os CCZs também são responsáveis por resgatar animais de rua que falecem, investigando as causas da morte e possíveis riscos à população antes de dar uma destinação final ao pet”, explica.
O tutor também pode optar por contatar uma clínica veterinária, já que muitas oferecem serviços de velórios e destinam o animalzinho para os CCZs ou locais autorizados nos municípios País afora. “Se o animal estiver doente já há algum tempo e falecer na clínica, possivelmente a equipe vai oferecer opções para a destinação no bicho. Se o pet falecer em casa, o tutor pode contatar a clínica mais próxima para pedir ajuda sobre a destinação”, diz.
Atualmente, também contamos com serviços especializados de velório e enterro de pets em cemitérios profissionais, como os que recebem pessoas. Nesta opção, também é possível contratar cremação individual ou coletiva, em que o tutor pode escolher, inclusive, por receber ou não as cinzas do animalzinho ou alguma lembrança. Os preços variam a depender da localidade.
O ato de enterrar um animal no quintal é perigoso. A decomposição pode liberar chorume, um líquido rico em bactérias, salmonela e duas substâncias potencialmente tóxicas para o solo, lençóis freáticos e poços artesianos: putrescina (molécula formada a partir de carne podre) e cadaverina (molécula produzida a partir de tecidos orgânicos de corpos em decomposição).
Na lei, o enterro irregular pode ser enquadrado no Art. 54. da Lei Federal 9605/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e prevê pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, para quem “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”.
Fonte: Anhanguera, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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