Diagnosticar a doença renal crônica precocemente evitaria mais problemas aos pets
No mês de março, ouvimos falar sobre a saúde renal dos humanos e dos animais, por conta da campanha Março Amarelo. Mas os cuidados com os rins devem se estender ao longo de todo o ano. O médico-veterinário...
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No mês de março, ouvimos falar sobre a saúde renal dos humanos e dos animais, por conta da campanha Março Amarelo. Mas os cuidados com os rins devem se estender ao longo de todo o ano.
O médico-veterinário especializado em Nefrologia e Urologia de Pequenos Animais, professor de pós-graduação e membro da diretoria do Colégio Brasileiro de Nefrologia e Urologia Veterinária (CBNUV), Hugo Cardoso Martins Pires, explica que a DRC é uma condição definida pela presença de alteração renal persistente, caracterizada pela perda definitiva e irreversível de massa funcional e estrutural de um ou ambos os rins. “Isso pode ser consequência de diferentes enfermidades que afetam os rins e que, independente da causa, levam à destruição lenta dos néfrons e à progressiva disfunção renal”.
O médico-veterinário especialista em Clínica Médica de cães e gatos – CFMV/Anclivepa-Brasil – e que realizada atendimento especializado em Nefrologia e Urologia de cães e gatos na UnicPet Nefrologia e Urologia, coordenador do curso de especialização em Nefrologia e Urologia em pequenos animais da Anclivepa-SP e presidente do CBNUV, Luciano Henrique Giovaninni, acrescenta que na doença renal crônica o número de néfrons tende a reduzir ao longo do tempo. “Inicialmente, ela parte de uma lesão morfológica que, ao decorrer do tempo, reduz o número de néfrons, que é a unidade funcional dos rins e à medida que isso acontece, a função renal é comprometida”, explica.
Segundo ele, resumidamente, a DRC parte de alteração na forma e culmina com o comprometimento da função renal e, em seguida, com o comprometimento da vida do paciente. “Então, são diferentes os motivos que levam à alteração na forma e comprometimento da função. Uma das causas é a senilidade. Cães e gatos que, ao envelhecerem, assim como os seres humanos, tendem a ter alteração na forma, redução do número de néfrons e doença renal crônica. Essa é uma categoria de indivíduo que tem bastante frequência de DRC. Inclusive, se compararmos cães e gatos, os felinos senis têm uma frequência três vezes maior comparados aos cães senis de DRC”, explica.
Para Giovaninni, a doença é um desafio. “E por que um desafio? Porque o diagnóstico tende a ser tardio. Então se um médico-veterinário não considera ou não se atenta a presença das alterações morfológicas: indefinição de região córti-comedular, presença de cistos renais, calcificação de parênquima; porque todas essas alterações podem acontecer em qualquer momento da vida dos cães ou dos gatos, e podem ser induzidas, como dito anteriormente, pela senilidade, o que é muito frequente, mas podem ser induzidas, também, por algumas doenças infecciosas, principalmente a leishmaniose e as hemoparasitoses em cães. Existe também uma relação com a FIV e FeLV em gatos”, conta.
Clique aqui para ler a reportagem completa e confira o que os profissionais têm a dizer sobre estadiamento e tratamento da doença.
Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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