Por Digivets

Fevereiro 12, 2025

Unesco e o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência foi celebrado ontem 11 de fevereiro. Essa data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015, com o objetivo de promover o acesso e a participação plena e equitativa de mulheres e meninas nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

A igualdade de gênero é uma prioridade global para a UNESCO, e capacitar jovens meninas, fornecendo educação e oportunidades para que suas vozes sejam ouvidas, contribui para o progresso e a paz.

A data destaca a importância da igualdade de gênero no desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo as contribuições significativas das mulheres nessas áreas.

Mulheres na Medicina Veterinária

No campo da Medicina Veterinária, observa-se uma mudança notável na composição de gênero ao longo das últimas décadas.

Historicamente dominada por homens, a profissão tem registrado um aumento expressivo na participação feminina.

De acordo com de acordo com o Censo do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicado em 2020 as 78,1 mil médicas-veterinárias representam 54% do contingente de profissionais, contra 46% de homens.

Desde 2018 elas são a maioria entre os médicos-veterinários. 

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
Fonte: CFMV

Mulheres em cargos de liderança

Essa crescente presença feminina na Medicina Veterinária reflete a maior inserção das mulheres nas universidades e em cursos tradicionalmente associados ao público masculino.

No entanto, apesar do avanço numérico, as profissionais ainda enfrentam desafios significativos relacionados ao preconceito e à discriminação de gênero.

Além das barreiras culturais e sociais, as mulheres na Medicina Veterinária também enfrentam desafios relacionados à ascensão profissional e à ocupação de cargos de liderança.

Embora haja um número crescente de mulheres na profissão, a representatividade feminina em posições de destaque ainda é limitada.

Por exemplo, foi apenas na eleição de 2023 que o Conselho Federal de Medicina Veterinária elegeu, pela primeira vez em sua história, uma mulher como presidente. A médica-veterinária Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida assumiu a presidência do CFMV, com mandato até 2026.

A trajetória das mulheres na Medicina Veterinária é marcada por conquistas significativas, mas também por desafios persistentes.

A primeira mulher a se diplomar em Medicina Veterinária no Brasil foi Nair Eugenia Lobo, formada em 1929 pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária do Rio de Janeiro.

Desde então, as mulheres têm conquistado espaço e reconhecimento na profissão, embora ainda haja um longo caminho a ser percorrido para alcançar a plena igualdade de gênero.

Iniciativas como o programa “Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação“, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), buscam fomentar a participação feminina nas áreas de STEM, incluindo a Medicina Veterinária.

Com um investimento de R$ 100 milhões ao longo de três anos, o programa visa financiar até 5.400 bolsas de estudo, desde a educação básica até o doutorado, promovendo a presença e a permanência de mulheres nessas áreas.

É fundamental reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres na Medicina Veterinária, promovendo um ambiente inclusivo e equitativo que permita o pleno desenvolvimento de seu potencial.

Isso inclui a implementação de políticas institucionais que combatam o preconceito e a discriminação, além de ações que incentivem a liderança feminina e a ocupação de cargos de destaque na profissão.

A celebração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência serve como um lembrete da importância de promover a igualdade de gênero em todas as áreas do conhecimento, incluindo a Medicina Veterinária.

Ao reconhecer os desafios e as conquistas das mulheres nessa profissão, damos passos importantes rumo a uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos, independentemente de gênero, tenham a oportunidade de contribuir para o avanço da ciência e do bem-estar animal.

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