Por Marcia Arbache Tais como os humanos, os cachorros também estão propensos a desenvolver alergias, desencadeadas por diversos fatores do ambiente em que habitam. Conhecida como dermatite alérgica, a...
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Por Marcia Arbache
Tais como os humanos, os cachorros também estão propensos a desenvolver alergias, desencadeadas por diversos fatores do ambiente em que habitam. Conhecida como dermatite alérgica, a anormalidade é uma reação do sistema imunológico do cão a alguma substância (alérgeno) considerada invasora. Ou seja, o organismo traduz o elemento como uma ameaça.
Para que a alergia se manifeste, basta que o pet entre em contato com fungos, pulgas, carrapatos, piolhos e também sejam alvo de picadas de insetos ou parasitas. Outros agentes que podem disparar uma reação alérgica são fumaça de cigarro, mofo, substâncias contidas em produtos de limpeza e em alimentos (carne bovina, frango, trigo e leite) e até ingredientes da ração.
Os tutores sabem que é comum entre os pets se coçarem, principalmente atrás das orelhas, e lamber as patas. Mas quando esse hábito ocorre de forma excessiva é preciso investigar pois pode se tratar de uma alergia. Além da coceira intensa e lambedura constante, outros sintomas são inflamação local, ferida e queda de pelos. Secreção nos olhos e otite (ouvido inflamado) também indicam que há algo errado.
Determinadas raças de cães, devido a fatores genéticos, têm maior tendência a desenvolverem alergias: beagle, boxer, buldogue francês e inglês, dálmata, golden retriever, lhasa apso, pastor alemão, pug, poodle, schnauzer, sharpei e shih tzu. No entanto, qualquer cão, independente da raça, pode apresentar sensibilidade elevada ao alérgeno.
A dermatite atópica é, atualmente, a mais diagnosticada pelos médicos veterinários. É uma doença inflamatória genética e não tem cura. Requer acompanhamento e tratamento constantes. A pele se torna sensível a estímulos do ambiente. Os agentes causadores são ácaros, fungos, pólen e poeira doméstica, em profusão por toda a parte das residências.
Assim, a coceira incessante provoca vermelhidão, descamação e feridas na pele, além de queda de pelo localizada. Um incômodo que compromete a qualidade de vida do animal. O controle é feito com o uso de anti-histamínicos, antibióticos e xampus apropriados para atenuar as lesões.
Muito comum também, as dermatites alérgicas são causadas por ectoparasitas como pulgas e carrapatos. O contato com a saliva desses insetos provoca a reação e o consequente aparecimento de pequenas manchas na pele do cão, além de coceira. Essa condição deixa o animal bastante inquieto. O tratamento para o cão compreende o uso de antipulgas e carrapaticidas, encontrados em pet shops e clínicas veterinárias. No ambiente em que ele vive, a eliminação desses parasitas se faz com produtos de limpeza específicos para esse fim.
Manter a casa limpa, aliás, também exige critério quando se convive com pets. Componentes de produtos químicos usados na limpeza de pisos e revestimentos podem ser prejudiciais aos pets, causando a alergia de contato já que eles rolam pelo chão e se esfregam em paredes. Aromatizantes de ambientes, xampus e sabonetes devem ser considerados quando se apura as causas do distúrbio.
É necessário cautela ainda em relação à dieta do animal. A intolerância do pet a determinados ingredientes da ração ou da proteína animal, de grãos e de leite pode levar a sintomas semelhantes aos da dermatite. A alergia alimentar provoca inchaço na cara (angioedema) e urticária logo após a ingestão da refeição. Em algumas situações, o tutor demora a perceber que aquele alimento é o alérgeno.
O aparecimento de qualquer um desse sintomas é aviso para uma consulta ao veterinário. Exames clínicos e laboratoriais são os indicados para identificar a substância ‘’estranha’’ que provoca a hipersensibilidade. Um expediente que os tutores podem adotar é eliminar, gradualmente, o contato do cão com o alérgeno, seja de que origem for. É um método, porém, que demanda tempo, paciência e muita observação até que o “agressor” seja identificado.