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Aves Minuto Agro Aves
Manejo nutricional para minimizar os efeitos do estresse calórico
Publicado em
3 dias atrás
em
28 de setembro de 2023
Acompanhe a segunda parte do vídeo com a nutricionista de Aves da Agroceres Multimix, Brunna Garcia, sobre as ferramentas nutricionais para reduzir o estresse calórico em aves.
Dessa vez, ela cita os diversos mecanismos nutricionais utilizados para compensar a diminuição do consumo alimentar devido ao calor excessivo, e assim, manter o desempenho das aves.
Suínos
Fitases se alinham às atuais demandas de aumento de eficiência, redução de custo e promoção da sustentabilidade
Além da complexação com o cálcio presente da dieta, o IP6 complexa quantidades importantes de magnésio, zinco, sódio, ferro e aminoácidos, tornando-os indisponíveis. Os aminoácidos mais afetados são a treonina, glicina, serina e prolina.
Publicado em
3 dias atrás
em
28 de setembro de 2023
Fotos: Divulgação/Salus
O conceito de que aves e suínos não são capazes de digerir o fitato é amplamente conhecido. No entanto, este conceito não está inteiramente correto. De forma considerável, aves e suínos são capazes de absorver o fitato e hidrolisá-lo na mucosa do intestino. O que torna o fitato um fator antinutricional é na verdade o fato deste composto ser pouco solúvel quando presente na forma de hexafosfato de mioinositol (IP6), além de complexar nutrientes importantes para o desenvolvimento do animal.
Vários fatores influenciam a solubilidade do IP6, dentre eles, e talvez a mais importante, seja a quantidade de cálcio da dieta. Ao se complexar com o cálcio presente na dieta o IP6 rapidamente precipita, tornando-o insolúvel. Nesta situação, nem mesmo as enzimas exógenas podem atuar. É estimado que reduzir a concentração de Ca para níveis abaixo de 0,5% resulta em um aumento na digestibilidade do fitato em 70%. No entanto, não devemos formular dietas com níveis de Ca abaixo das exigências nutricionais dos animais.
Além da complexação com o cálcio presente da dieta, o IP6 complexa quantidades importantes de magnésio, zinco, sódio, ferro e aminoácidos, tornando-os indisponíveis. Os aminoácidos mais afetados são a treonina, glicina, serina e prolina.
Em ingredientes de origem vegetal o fitato se encontra na forma de sais de potássio e magnésio, sendo pouco reativo. Ao entrar em contato com o ácido clorídrido no estômago, o fitato se torna solúvel e negativamente carregado ao substituir o potássio e magnésio por hidrogênio. Ao mesmo tempo, as proteínas presentes no estomago passam a ter carga positiva. Esta diferença entre cargas permite a complexação do fitato com proteínas. À medida em que mais proteínas são complexadas, o conjunto fitato-proteína perde a solubilidade e precipita. Desta forma, as proteínas não podem ser degradadas pela pepsina. Do ponto de vista estequiométrico, 1g de fitato é capaz de complexar 10g de proteína. Estudos mostram que o uso da fitase pode aumentar a digestibilidade dos aminoácidos em 5% a 10%.
O uso de fitase permite que o IP6 seja hidrolisado em IP5, IP4, IP3 e IP2, formas estas com maior solubilidade do que o IP6. Assim, o uso de fitases exógenas permite que as formas menos fosforiladas do IP6 sejam absorvidas e consequentemente metabolizadas. Além de aumentar o aporte de fósforo e mioinositol para o animal, a hidrólise do fitato reduz a quantidade de nutrientes que seriam complexados pelo IP6 e eliminados nas fezes.
Além da maior solubilidade, o complexo formado entre o fitato e outros microminerais é mais fraco à medida que o mioinositol é desfosforilado. IP3 tem apenas 10% de capacidade de quelação em comparação ao IP6.
Fitase é um dos aditivos mais utilizados em dietas para aves e suínos e vem sendo utilizada comercialmente desde a década de 90. Estudos com doses acima do convencional (superdosing) têm demonstrado efeitos além da liberação do fósforo. Foi estimado que 30% a 35% do efeito do superdosing seja consequência do aporte extra de mioinositol proporcionado pela fitase. Melhoras no ganho de peso e conversão alimentar com a suplementação de mioinositol foram demonstradas por pesquisas. O fitato é composto aproximadamente de 27% de mioinositol e 28% de fósforo. O mioinositol é um subproduto da degradação do fitato e apresenta inúmeras funções metabólicas, faz parte da membrana celular, atua como segundo mensageiro, entre outras.
Diferenças
Fitases comerciais podem ser classificadas em dois grupos. Esses grupos dizem respeito ao local onde a enzima inicia a hidrólise do fitato. 3-Fitases iniciam a hidrólise pelo carbono na posição 3 da molécula de fitato. Já as 6-Fitases iniciam a hidrólise pelo carbono na posição 6 da molécula de fitato. Além da classificação das fitases por posição de hidrólise, também podemos separar as fitases em fitases de origem fúngica (3-fitases) ou origem bacteriana (6-fitases). Mais importante do que a classificação por si só, é a diferença que as 6-fitases apresentam em relação as 3-fitases. Por ser resistente à ação da pepsina e tolerar o pH ácido do estômago, as 6-fitases são mais eficientes em hidrolisar o fitato do que as 3-fitases.
Mais benefícios
Tão importante quanto os benefícios para o desempenho do animal, o uso de fitases proporciona uma importante redução no custo de produção de rações. Para cada R$1 investido em fitase podemos esperar uma redução de aproximadamente R$30 gasto em fosfato. À medida em que menos fosfato é utilizado na composição das rações e mais fósforo dos ingredientes vegetais é aproveitado pelos animais, a excreção deste mineral é significativamente reduzida, contribuindo também para redução do impacto ambiental. Também podemos contar com uma redução de custo pela contribuição energética e proteica ao utilizar fitase. Pois é possível reduzir a inclusão de óleo e ingredientes proteicos em rações formuladas com fitase.
Dirceu Vicari Junior
Por todos os benefícios que o uso das fitases proporciona para a moderna produção animal, tornou-se uma ferramenta indispensável para nutricionistas e empresas ligadas à nutrição Trata-se de uma tecnologia alinhada às atuais demandas de aumento de eficiência, redução de custo e promoção da sustentabilidade. Pois, além de auxiliar no atingimento dos objetivos zootécnicos e econômicos, tem a questão ambiental: fitases permitem a redução do uso de fosfatos oriundos de recursos naturais não renováveis e menor contaminação ambiental.
As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: [email protected].
Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!
Fonte: Por Dirceu Vicari Junior, zootecnista, mestre em Ciência e Produção Animal Líder - Suínos - na Salus Nutrição Animal
Suínos Minuto Agro Suínos
Saiba como diagnosticar e tratar a pleuropneumonia suína
Publicado em
6 dias atrás
em
25 de setembro de 2023
O Actinobacillus pleuropneumoniae, também conhecido por App, é uma bactéria causadora da pleuropneumonia suína, uma doença que provoca graves problemas respiratórios nos animais e grande impacto à suinocultura.
Para falar sobre diagnóstico e tratamento desse patógeno, convidamos a médica veterinária da Ceva Saúde Animal, Cintia Sartori.